Quando me formei em pedagogia, em 2008 foi tudo muito novo pra mim, pois a intenção era fazer direito, ser promotora. Sempre me relacionei melhor com os homens, porque os achava mais simples, vamos dizer assim, e por ter dois irmãos homens mais velhos, colaborava com meu jeitão. Também porque nunca fui fã de coisas de mulheres, tipo maquiagem, fofocas, briguinhas ou ficar de mal.
O detalhe estava que eu tinha que aprender várias coisas sobre isso, que fui me recusando, até que, com ajuda de Deus, iniciei essa jornada. No começo, para conseguir explicar melhor, recorda como um cavalo selvagem fica quando é capturado, e domado. Sim era eu, uma briga quase que diária de mim comigo mesma. Até que aos poucos fui compreendendo a questão.
Dito isso posso continuar com minha formação em pedagogia. Tudo foi se encaminhando para a educação infantil e educação inclusiva. Meu TCC foi sobre a Criança com Deficiência, seguido de um trabalho de conclusão de curso em uma especialização na APAE e mais um TCC na mesma área, agora se tratando de Políticas Públicas, em uma pós-graduação em Direito da Educação.
Essa parte é técnica. Agora, a vivencia com os pequenos, no período em que estava em evidência o cumprimento da lei, onde as escolas teriam que se adaptar para começarem a receber as crianças com deficiência, foi me comovendo de tal forma, trazendo novas concepções sobre o mundo além daquele que eu convivia. Aprendi a amar minha profissão com todas as forças. Meus pensamentos foram se convertendo, minhas brigas internas foram cessando, e nasceu uma nova pessoa. E hoje posso afirmar que, a maioria desta bem feitoria para minha vida foi à inclusão dessas crianças e o prazer em poder conviver com cada uma delas.
Então nesse dia Internacional da Pessoa com Deficiência, expresso minha profunda gratidão por serem enviadas a nós, para podermos aprender o verdadeiro amor, a construção de uma sociedade melhor e também para dizer que o desafio não é de vocês. É da sociedade, na qual vocês estão inseridos, no sentido de buscarmos e criarmos condições para o desenvolvimento de todos. Criativos, nós somos, precisamos ser mais colaboradores.
Que possamos entender que a biologia não necessariamente é o limite, quando é o social o limitador quando não proporciona a apropriação de formas culturais de pensamento, linguagem e conduta. E isso vem descrito nos documentos que regem a educação.
Eu apoio essa causa, e estou aqui para quem precisar de uma ajuda, seja uma conversa, um material de apoio, sempre estarei aqui.
Beijos Doces.
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